Novos dados de um grande estudo de coorte sugerem que as grávidas com epilepsia devem ser submetidas ao monitoramento periódico de medicamentos terapêuticos desde o início da gravidez e estar cientes de que pode ser necessário aumentar a dosagem de seus medicamentos anticonvulsivantes (ASM) durante a gestação.
Embora os médicos saibam que a concentração sanguínea mais baixa de ASMs ocorre frequentemente na gravidez, a nova pesquisa documenta a extensão exata do declínio de vários medicamentos comuns, incluindo a lamotrigina, para os quais as concentrações normalizadas de dose durante a gravidez diminuíram mais de 56%.
“Demonstramos reduções nas concentrações de quase todos os medicamentos que estudamos, com exceção da carbamazepina livre, e essas mudanças começam muito cedo na gravidez”, disse o principal autor do estudo, Page B. Pennell, MD, presidente do departamento de neurologia na Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, para a Neurology Today. “Com base nessas descobertas, eu começaria a monitorar (com exames de sangue) no primeiro trimestre.”
As novas descobertas vêm do estudo Maternal Outcomes and Neurodevelopmental Effects of Antiepileptic Drugs (MONEAD), um grande estudo de coorte prospectivo de 20 locais comparando mulheres grávidas com epilepsia com um grupo controle de mulheres não grávidas com epilepsia.
Mais detalhes sobre o estudo e dicas de como resolver a situação podem ser lidas na matéria original, pelo link: https://journals.lww.com/neurotodayonline/Fulltext/2022/03170/Study_Documents_Decline_of_Antiseizure_Drug_Levels.3.aspx