A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) faz um alerta sobre o uso da técnica de indução de proteínas de choque térmico para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Sobre esse assunto o Tarde Nacional conversou com o Dr. Carlos Roberto Rieder, presidente da ABN.
O tratamento por choque térmico, esclarece Carlos, consistiria na exposição do crânio a um aquecimento capaz de produzir um tipo específico de proteínas capazes de reduzir o avanço dessas doenças. “São proteínas bastante conhecidas em modelos in vitro, onde as células são estimuladas e produzem essas moléculas”, exclarece.
Por outro lado, ele enfatiza que “não existe nenhum estudo publicado que essas proteínas possam ter um benefício, e muito menos que indiquem que uma estimulação por aquecimento craniano possa vir a aumentá-las e assim trazer e algum benefício”.
O tratamento chegou ao Brasil há dois anos. No entanto, há relatos de pessoas que utilizaram essa técnica e não viram nenhum benefício. A ABN alerta que muitas pessoas vão aos EUA em busca da cura e gastam muito dinheiro para fazer essa terapia, sendo que ela ainda não tem nenhum embasamento científico.
Ouça a entrevista com o presidente da Academia Brasileira de Neurologia, Dr. Carlos Roberto Rieder no player abaixo, ou também nesse link.
Fonte – Rádio Nacional de Brasília