A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) marca presença no IV Fórum Nacional sobre Saúde Suplementar do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizado hoje, 19 de março, em Brasília. Foi representada por Eduardo Uchoa, da Comissão Editorial, e Sandro Mattar, da Defesa Profissional, ambos membros titulares.

O tema central do encontro foi a importância da regulação na sustentabilidade do sistema, sendo que os debates foram divididos em pontos cruciais para a correta prática médica, como as relações entre operadoras, prestadores e usuários da saúde suplementar; Judicialização.

O ponto Judicialização, a propósito, teve colaborações valiosas da ABN. Realmente é uma questão a se aprofundar com responsabilidade, buscando evitar prejuízos aos pacientes e ao próprio mister da boa Medicina. Vale lembrar que recente pesquisa feita pelo Idec em conjunto com a PUC-SP mostra que, no primeiro ano de vigência, a lei do rol da ANS não gerou mais ações contra planos de saúde, portanto não impactou o volume de judicialização contra a saúde suplementar em São Paulo. Resta assim detectar onde há falhas e corrigi-las.

De acordo com Eduardo Uchoa, hoje a saúde suplementar pende mais para o lado das operadoras, por uma questão de desequilíbrio econômico. Daí a necessidade de se encontrar caminhos para resguardar médicos e pacientes. Os primeiros pleiteam valorização e autonomia para exercer a profissão; já quem necessita de assistência luta para manter coberturas e receber atendimento de qualidade.

O Fórum teve ainda mesas-redondas relevantes, como para a discussão sobre normatização de órteses, próteses e materiais especiais, OPME. Outra conferência versou quanto ao Transtorno do Espectro Autista na rede complementar.

A partir dos debates, foram organizadas resoluções para que as entidades médicas possam trabalhar por avanços concretos aos pacientes de planos de saúde e por valorização da Medicina.