Está chegando mais um ABN Lab! Além do debate marcado para o dia 27 de fevereiro, que abordará a epidemiologia atual da esclerose múltipla e o papel do EBV como fator ambiental, haverá ainda uma edição no dia 29, quinta-feira. Das 19h às 20h30, convidados discutirão a epilepsia na neuro-oncologia.
Os especialistas – Andréia Martini Pazini, médica assistente do Ambulatório de Neuro-Oncologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/UNIFESP), Hennan Salzedas Teixeira, neurologista clínico e preceptor do Hospital Beneficência Portuguesa (BP), e Gustavo Lopes de Freitas Honorio, neurologista dos hospitais São Vicente de Paulo (HSVP) e Pró-cardíaco, e vice-coordenador do Departamento Científico de Neuro-Oncologia da ABN – serão moderados por Ligia Henriques Coronatto, coordenadora do DC.
“O papel da neurologia e da neuro-oncologia vai além do controle das crises epilépticas. O que buscamos é prezar pela qualidade de vida do paciente”, afirma a dra. Ligia, que sublinha que o primeiro sintoma de um tumor cerebral é, muitas vezes, a crise epiléptica.
“É importante nos aprofundarmos no tema. O manejo do tratamento das crises epilépticas nos pacientes oncológicos diverge um pouco do restante, pois a escolha do anticonvulsivante deve ser individualizada e não pode interagir com a quimioterapia. Nos últimos anos, estudos mostram que os tratamentos anticrise são antineoplásicos também, o que torna esse assunto ainda mais interessante”, pontua.
A médica acredita que o webinar é uma oportunidade de reforçar a importância da investigação com imagem sempre após o primeiro episódio epiléptico, de preferência com ressonância magnética de crânio com contraste, para descartar possíveis lesões tumorais no sistema nervoso central.
Ela lembra que os pacientes enfrentam desafios desde o diagnóstico, comumente vagaroso pela dificuldade na realização de uma imagem de crânio, até o tratamento, no qual é preciso saber escolher a melhor droga antiepiléptica para evitar interação com as quimioterapias utilizadas.
Nem tudo, no entanto, é obstáculo: “Falaremos sobre avanços recentes na compreensão e no tratamento da epilepsia em pessoas com tumores cerebrais. Existem estudos que mostram que mais do que no controle das crises epilépticas, alguns anticonvulsivantes podem atuar na própria oncogênese, tratando também o tumor em si. Por ora, os estudos são observacionais e experimentais em animais. Precisamos de ensaios clínicos em humanos para avaliar a sua real eficácia na prática clínica”.
Inscreva-se no ABN Lab em abneuro.org.br/evento/abn-lab-epilepsia-na-neuro-oncologia/.
