Após a live de divulgação feita em 16 de novembro em seu Instagram, a Academia Brasileira de Neurologia, cumprindo o propósito de promover educação médica continuada, divulga o conteúdo programático do curso “Elaboração de diretrizes baseadas em evidências”.
Realizado pela ABN e conduzido por Wanderley Marques Bernardo, coordenador do Programa Diretrizes da Associação Médica Brasileira (AMB) e professor de Medicina Baseada em Evidências (MBE) na Universidade de São Paulo (USP), o curso será oferecido aos sábados, das 9h às 12h, entre os meses de fevereiro e maio de 2024 – nos dias 17/02; 02, 16 e 30/03; 13 e 27/04; e 11/05.
“Já realizei mais de 400 cursos de elaboração de diretrizes baseadas em evidência, pois fazem parte de uma iniciativa conjunta com as sociedades de especialidade de homogeneizar o que deve ser ofertado aos pacientes, tendo sempre por base a melhor evidência disponível, evitando o uso dos inúmeros procedimentos desnecessários disponibilizados na atualidade e garantindo acesso a todos os pacientes, àqueles que são fundamentais”, comenta o dr. Wanderley.
Serão 24 horas de aulas divididas em cinco módulos. O primeiro, Introdução, abordará fundamentos da MEB, aspectos gerais sobre a formulação da dúvida clínica, deslineamentos da pesquisa clínica e elementos de qualidade de Diretrizes Baseadas em Evidência. Já o segundo, Revisão Sistemática, possibilitará que os participantes escolham um ou mais temas, elaborem dúvidas a serem respondidas, empreendam busca de evidência nas bases de informação, selecionem criticamente a evidência disponível, avaliem o risco de vieses da evidência selecionada, expressem por desfecho importante os resultados, agreguem – se possível – os resultados (meta-análise) e definam o nível de confiança no efeito obtido.
Eles considerarão os desfechos que importam, estabelecerão níveis esperados de benefício e níveis tolerados de dano, balancearão benefício e dano, considerarão as variações de efeito, o nível de confiança no efeito estimado, a experiência médica e os valores e preferências dos pacientes, tratarão de ética, equidade, legislação e normas, e considerarão a estrutura do sistema de saúde local no terceiro módulo, Contextualização.
No quarto, Recomendação, as perguntas “O que, como e para quem recomendar?”, “Qual benefício e dano estimado?” e “Com que nível de certeza e quanto posso confiar?” darão o tom do curso. Por fim, métodos eficazes de disseminação e implementação, intervenções para promover a mudança comportamental entre profissionais de saúde e avaliação e uso (incluindo considerações sobre garantia de qualidade) atravessarão o quinto e último módulo.
“Elaborar diretriz”, afirma o dr. Wanderley, “não é uma atividade inflexível, insensível ou teórica, mas é um modo redigido e explícito de expressarmos o que é inegociável em nosso entendimento médico a ser acessível a todos os nossos pacientes, evitando excessos inúteis ou prejudiciais, e fortalecendo o fundamental e benéfico.”
Participe! Inscreva-se até 16 de fevereiro em forms.gle/1JhGMERNEHSusKjB8.