O neurologista Osvaldo José Moreira do Nascimento é novo membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM). Ele ocupará a cadeira n° 9 da secção de Medicina, do patrono Miguel de Oliveira Couto, vacante desde março de 2022 quando do falecimento do cardiologista José Eduardo Moraes Rego Sousa.
Osvaldo, também Membro Emérito da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e da Academia de Medicina do Rio de Janeiro (AMRJ), é Professor Titular de Neurologia do Departamento de Medicina Clínica na Universidade Federal Fluminense (UFF). Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), fez mestrado e doutorado em Neurologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado em Neuropatias Periféricas na Mayo Clinic.
Responsável por vasta e pujante produção científica, ele soma mais de 300 trabalhos publicados em revistas indexadas tratando de temas inovadores.
“Vale destacar que nós, candidatos, quando surge uma vaga pelo falecimento do Titular de uma Cadeiras, devemos submeter o Memorial discorrendo sobre nossa trajetória profissional e acadêmica, o Curriculum Vitae e uma Memória, isto é, praticamente uma tese. Tudo isso é avaliado por uma Comissão, e se aprovado pela maioria da Secção, vamos para a fase final com a eleição em plenário, devendo ter 51% dos votos válidos. Ter um CV robusto é bastante valorizado, mas o principal é o bom relacionamento com todos os Acadêmicos”, explica.
Das 100 cadeiras, 40 são de medicina, 40 de cirurgia e 20 de medicina aplicada. Para o carioca, que junto com Sérgio Novis e Gerson Magalhães é um dos três neurologistas membros eleitos na ANM, é importante a representação da especialidade na Casa.
“Como Professor Titular de Neurologia da UFF há muitos anos, Membro Emérito da ABN e titular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, sei que essa conquista de Membro não é somente minha, mas resultado da experiência obtida ao lado de meus pares. Creio que precisamos trabalhar para colocar a nossa especialidade em evidência, porque temos perdido espaço para outras. A ANM tem como uma das suas prioridades trabalhar para melhores as condições de saúde dos brasileiros. Assim, precisamos dar maior atenção às enfermidades no âmbito neurológico”, pondera.
História
Há quase dois séculos, a trajetória da Academia Nacional de Medicina se entrelaça à do Brasil. Fundada por D. Pedro I em 30 de junho de 1829, a ANM tem como objetivo contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde púbica e ciências afins, e serve também como órgão de consulta para o governo sobre questões de saúde e educação médica.
Em todas as noites de quinta-feira, desde 1829, seus membros se reúnem em sessão aberta ao público para debater temas médicos da atualidade – constância sem precedentes na história do país. Multifacetada, a entidade promove ainda congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização, e premiações para médicos e pesquisadores que não integram seus quadros. Além de Osvaldo, a Academia Nacional de Medicina (ANM) renovou mais um membro titulare, quatro honorários nacionais, um correspondente nacional e três correspondentes internacionais. Foram 82 votos – 50 de Acadêmicos no plenário e 32 por correspondência. A cerimônia de posse será realizada em breve.
