Coordenador do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da ABN, Breno Barbosa alerta sobre os perigos da desinformação que tem circulado nas redes sociais a respeito da Doença de Alzheimer. No papel de porta-voz do DC, tece esclarecimentos relevantes aos especialistas e aos pacientes.
A patologia é causada pelo depósito anormal de algumas proteínas no cérebro. Breno explica que existem fatores de risco modificáveis, como a hipertensão arterial e a perda auditiva, e não modificáveis, como a idade e a genética. Já a resistência insulínica, a inflamação no cérebro, a exposição a algumas toxinas ou agentes infecciosos não constituem tipos diferentes da doença.
Breno destaca ainda que medicações e suplementos devem ser vistos com cautela. Em muitos casos, afinal, não há evidências de que possam prevenir ou retardar a progressão do Alzheimer. O mesmo vale para o canabidiol: os médicos aguardam o avanço das pesquisas para orientar seu uso com segurança.
O Consenso Brasileiro de Demências, que sintetiza essas recomendações e serve como um guia a todos os profissionais de saúde que lidam com o Alzheimer e com a população idosa de modo geral, é gratuito e está disponível no site da ABN. Nele, especialistas apresentam os remédios que podem ser utilizados em cada fase da doença e também os tratamentos não farmacológicos, como atividade física, fonoaudiologia, musicoterapia, terapia de reabilitação com psicólogo ou terapeuta ocupacional, e mais. Veja em scielo.br/j/dn/i/2022.v16n3suppl1/